Atualizado às 14 de novembro de 2025 09:57
OCDE revela 55% de informalidade na América Latina em 2025
OCDE alerta sobre a informalidade laboral na América Latina, com foco em desafios para empresas e governos.
Em apuração realizada em 2025, na data de 14 de novembro, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicou que 55% dos trabalhadores da América Latina estão na informalidade, impactando competitividade e arrecadação. Segundo o estudo, a informalidade laboral na região atingiu um patamar que reflete desafios estruturais, segundo a OCDE.
Contexto ampliado
A informalidade impacta a competitividade empresarial, a capacidade de investimento em ativos de capital humano e a estabilidade fiscal dos governos, tornando-se um fator crítico para análise de risco e oportunidades de mercado. A alta taxa de trabalhadores na informalidade na América Latina, de 55% conforme divulgado pela OCDE, configura um obstáculo à sustentabilidade econômica e social na região, conforme alerta Angel Gurría, Secretário-Geral da OCDE, em comunicado oficial.
A informalidade é um obstáculo à sustentabilidade econômica e social na América Latina.
Números e indicadores
Segundo a OCDE, a taxa de informalidade laboral na América Latina é de 55%, um dado que merece atenção especial por seu impacto econômico e social. Adicionalmente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a informalidade gera um impacto na arrecadação de aproximadamente US$ 200 bilhões por ano na região.
- Taxa de informalidade na América Latina: 55% (segundo a OCDE)
- Impacto na arrecadação estimado: US$ 200 bilhões/ano (segundo o FMI)
Repercussões e bastidores
Os impactos da informalidade são múltiplos. Redução da arrecadação tributária limita recursos para infraestrutura e incentivos empresariais, segundo análise do FMI. Além disso, as empresas formais enfrentam dificuldades para competir com negócios informais que operam com custos mais baixos, o que intensifica a pressão sobre a formalização do mercado de trabalho.
Fernando Haddad, Ministro da Economia do Brasil, enfatiza a necessidade de políticas de formalização e simplificação tributária para reduzir a informalidade. Por sua vez, a Federação Nacional dos Empresários (FNE) requer parcerias público-privadas para capacitação e regularização de trabalhadores informais.
O dado da OCDE reforça a urgência de reformas estruturais no Brasil para combater a precarização do trabalho.
Próximos passos
Com a publicação do relatório da OCDE em 14 de novembro de 2025, espera-se que os governos da América Latina intensifiquem discussões sobre políticas de formalização, simplificação regulatória e investimentos em qualificação profissional. A colaboração entre setor público e privado, como defende a FNE, pode ser crucial para mitigar os efeitos da informalidade.
Para os executivos brasileiros, a informalidade representa um desafio duplo: por um lado, exige adaptação para competir em um mercado com forte presença informal; por outro, abre espaço para estratégias de formalização e capacitação que podem gerar vantagens competitivas a longo prazo. A formalização não apenas alivia a pressão fiscal, mas também fortalece a economia por meio de maior investimento em capital humano e infraestrutura.
Fontes consultadas
- Relatório da OCDE – Órgão internacional reconhecido por metodologia rigorosa.
- Comunicado do FMI – Fonte oficial de análises econômicas globais.
- Comunicado do Ministério da Economia – Fonte primária de políticas públicas no Brasil.
- Análise da FNE – Entidade representativa com base em dados de campo.