Atualizado às 19 de novembro de 2025 06:06

Impasse do hidrogênio será resolvido em 3 anos, diz presidente de Itaipu

Presidente de Itaipu afirma que impasse sobre hidrogênio verde será resolvido em até três anos.

Por Renan DiasPublicado em 19 de novembro de 202506:06 BRT
Ilustração moderna de uma planta de produção de hidrogênio verde no Brasil, com painéis solares e turbinas eólicas ao fundo.

Em audiência em Brasília, em 19 de novembro de 2025, o presidente de Itaipu Binacional, Wilson Ferreira Júnior, afirmou que o impasse regulatório do hidrogênio verde no Brasil deve ser resolvido em até três anos. Ele apresentou um cronograma de marcos legais e investimentos para destravar projetos.

A sinalização interessa a empresas de energia, petroquímicas e investidores que aguardam regras para produzir e exportar hidrogênio a partir da eletricidade renovável do país.

TL;DR

  • Itaipu projeta marco regulatório completo para hidrogênio verde até 2028.
  • Meta é destravar US$ 20 bilhões em projetos em andamento no Sul, Nordeste e Centro-Oeste.
  • Novos leilões de energia dedicada serão lançados pelo governo em 2026.

Contexto ampliado

A falta de regras fiscais, tributárias e de certificação internacional travou investimentos desde 2023. Itaipu lidera grupo que reúne Ministério de Minas e Energia, ANEEL e Apex para alinhar padrões de exportação compatíveis com União Europeia e Japão.

O plano prevê uso da energia excedente da usina e de parques solares e eólicos em construção no Paraná e no Nordeste para alimentar eletrolisadores.

Números e indicadores

  • 44 milhões de toneladas: potencial brasileiro de produção de hidrogênio verde até 2050 (ANEEL).
  • US$ 20 bilhões: carteira atual de projetos anunciados que aguardam regulamentação.
  • R$ 3 bilhões: aporte previsto por Itaipu e parceiros em infraestrutura piloto até 2027.
  • 36 meses: prazo máximo estimado por Ferreira Júnior para aprovação das principais normas.

Impacto para empresas

Fabricantes industriais podem assinar memorandos de abastecimento com antecedência e garantir desconto em emissões futuras de carbono. O setor financeiro enxerga chance de estruturar green bonds e créditos lastreados em hidrogênio certificado.

Estados como Paraná e Ceará disputam hubs logísticos para exportação, oferecendo incentivos fiscais e infraestrutura portuária dedicada.

Próximos passos

Até março de 2026, o Ministério de Minas e Energia colocará em consulta pública o marco regulatório. A ANP deve apresentar metodologia de certificação e rastreabilidade, enquanto o BNDES desenha linhas de crédito específicas.

Empresas interessadas devem mapear projetos de eletrólise, reservar áreas próximas a linhas de transmissão e negociar PPAs de longo prazo com geradores renováveis.

Fontes consultadas

Fonte original: Itaipu Binacionalver publicação

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