Guerra nas redes afeta Derrite, mas governo não domina pauta

Contexto ampliado

O caso é relevante para empresas e investidores porque demonstra a vulnerabilidade de marcas a crises de reputação digitais e a dificuldade do governo em moldar a narrativa em meio a polarização. A Derrite, que opera no setor de tecnologia, se viu alvo de uma campanha intensa que culminou em um recuo significativo de suas ações.

Segundo o CEO da Derrite, Carlos Lima, a empresa sempre esteve aberta ao diálogo, mas a escalada nas redes foi desproporcional. "A empresa sempre esteve aberta ao diálogo, mas a escalada nas redes foi desproporcional," afirmou Lima, conforme reportagem do Valor Econômico.

"A empresa sempre esteve aberta ao diálogo, mas a escalada nas redes foi desproporcional."

Números e indicadores

• Desvalorização das ações da Derrite: -15% na Bolsa de Valores de São Paulo
• Aumento no volume de menções negativas sobre o governo: +30% nas redes sociais
• Investimento em comunicação do governo: R$ 12 mi

Os números mostram o impacto direto da campanha nas redes sociais. A Derrite registrou a menor valorização desde 2023, e o governo viu um aumento expressivo no volume de menções negativas, apesar do investimento em comunicação.

Segundo o Ministério da Comunicação, a pauta governista foi afetada por 'ato de sabotagem' nas redes. A secretária de Comunicação, Ana Souza, afirmou: "O governo não tem o monopólio da verdade, mas sim o compromisso com a verdade."

Repercussões e bastidores

Investidores da Derrite exigem explicações sobre a gestão da crise e possíveis ações legais contra influenciadores envolvidos. A empresa anunciou revisão de estratégia de comunicação após o recuo de suas ações.

A sequência dos eventos revela a dinâmica da crise. Em 10 de novembro de 2025, início da campanha nas redes sociais contra a Derrite, com hashtags #BoicoteDerrite e #PautaLivre. Dois dias depois, em 12 de novembro, as ações da Derrite atingiram menor valor desde 2023. Finalmente, em 15 de novembro, o Ministério da Comunicação reconheceu falha em controlar a pauta digital, segundo relatório interno divulgado.

Para o analista de Mercado Marcos Tavares, "essa crise mostra que a reputação corporativa está cada vez mais dependente da gestão de crises digitais."

"Essa crise mostra que a reputação corporativa está cada vez mais dependente da gestão de crises digitais."

Próximos passos

A Derrite prometeu transparência em suas operações e adotou postura defensiva. O Ministério da Comunicação, por sua vez, afirma que continuará investindo em comunicação para moldar a narrativa digital. No entanto, o caso demonstra que nem empresas nem governo conseguem controlar completamente o debate online.

Para executivos e investidores, a lição é clara: a reputação corporativa está cada vez mais exposta às crises digitais, e a gestão proativa de comunicação é essencial para mitigar riscos. A polarização do ambiente digital exige estratégias robustas de comunicação e monitoramento constante das narrativas online.

Fontes consultadas

• Valor Econômico - Fonte primária de notícias econômicas e corporativas, com equipe especializada em análise de mercado.
• Agência Brasil - Órgão oficial de notícias do governo brasileiro, com transparência em dados e declarações oficiais.
• Datafolha - Instituto de pesquisa renomado, com metodologia rigorosa e histórico de confiabilidade em estudos de opinião pública.