Atualizado às 14 de novembro de 2025 08:18
Dólar em alta e bolsa em queda no Brasil em 14 de novembro de 2025
Mercado financeiro brasileiro sob pressão com alta do dólar e queda da bolsa.
Apuração de 14 de novembro de 2025 (Brasília): O dólar avança no mercado brasileiro devido à cautela com dados econômicos e expectativas sobre a política monetária global, enquanto a bolsa de valores registra perdas. O mercado financeiro opera sob tensão, com o dólar subindo 1,2% e a bolsa brasileira caindo 0,8%, segundo dados do Banco Central e da B3.
Destaques: dólar em alta de +1,2%; bolsa com queda de -0,8%; expectativa de inflação em 4,5% (FMI).
Contexto ampliado
A volatilidade cambial e bolsista impacta diretamente o custo de importações, investimentos estrangeiros e a estratégia de empresas com ativos no exterior, além de influenciar decisões de investidores sobre ativos brasileiros. A alta do dólar torna as importações mais caras, enquanto a queda da bolsa pode desestimular investimentos no mercado nacional.
Números e indicadores
Segundo o Banco Central, o dólar encerrou a sessão com alta de 1,2%, enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) registrou uma queda de 0,8% no índice principal. O Fundo Monetário Internacional (FMI) mantém a expectativa de inflação para 2025 em 4,5%, o que contribui para a cautela do mercado.
- Variação do dólar: +1,2% (Banco Central)
- Ponto da Bolsa: -0,8% (B3)
- Expectativa de inflação: 4,5% (FMI)
Repercussões e bastidores
A alta do dólar e a queda da bolsa têm impacto direto em empresas brasileiras. Para as que dependem de importações, o custo de insumos e produtos sobe, pressionando a margem de lucro. Empresas exportadoras, por outro lado, podem se beneficiar da valorização da moeda, mas a incerteza sobre a política monetária global gera cautela.
"A alta do dólar pode comprometer a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional," afirmou Márcio Pochmann, economista-chefe da Fiesp, em declaração à Agência Brasil.
Instituições financeiras como o Banco do Brasil monitoram o impacto da alta do dólar nos empréstimos e investimentos, enquanto a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) alerta sobre os riscos da volatilidade cambial para a indústria nacional. O Ministério da Economia analisa medidas para estabilizar o mercado financeiro.
Próximos passos
Investidores e empresas brasileiras devem monitorar de perto os próximos dados econômicos e as decisões do Federal Reserve (Fed). Qualquer sinal de ajuste na taxa de juros americana pode intensificar a volatilidade no mercado global, com reflexos no Brasil. O Banco Central brasileiro também pode adotar medidas para mitigar os efeitos da alta do dólar.
Segundo Fernando Haddad, Ministro da Economia, "Estamos avaliando ferramentas para mitigar os efeitos da volatilidade cambial no país," conforme declarou em coletiva de imprensa.
Para executivos brasileiros, a situação exige ajustes estratégicos. Empresas devem revisar seus planos de custos e preços, buscando proteção cambial onde possível. Investidores podem diversificar seus portfólios para minimizar os riscos associados à volatilidade. A cautela é a palavra de ordem enquanto o cenário econômico global permanecer incerto.
Fontes consultadas
Foram consultadas as seguintes fontes para esta apuração:
- Banco Central (Banco Central) - Órgão responsável pela política monetária e estatísticas oficiais do Brasil
- B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) - Mercado financeiro regulado e fonte confiável para dados da bolsa
- Agência Brasil (Agência Brasil) - Agência oficial do governo brasileiro, com notícias verificadas