Atualizado às 13 de novembro de 2025 06:39
Casas Bahia reporta prejuízo de R$ 496 milhões no 3T2025
Prejuízo de R$ 496 milhões no 3T2025 alerta sobre os riscos da expansão da Casas Bahia.
A Casas Bahia registrou prejuízo líquido de R$ 496 milhões no terceiro trimestre de 2025, pior resultado desde o início da pandemia em 2020. A empresa atribui o resultado a investimentos em expansão e despesas operacionais elevadas.
Os dados foram divulgados na tarde de quinta-feira, 13 de novembro de 2025, e geraram reações imediatas no mercado financeiro.
Contexto ampliado
O resultado financeiro da Casas Bahia impacta a confiança de investidores em empresas de varejo que apostam em expansão acelerada. A piora nos números alerta sobre os riscos de sobreposição de investimentos e a necessidade de controle de custos em um cenário econômico incerto.
A maior loja de departamentos do interior do Brasil tem se destacado pelo ritmo de crescimento, mas o prejuízo do 3T2025 sugere que a estratégia pode estar gerando custos maiores do que o esperado.
Números e indicadores
A Casas Bahia apresentou um quadro financeiro preocupante no terceiro trimestre de 2025. Confira os principais números:
- Prejuízo líquido no 3T2025: R$ 496 milhões
- Receita líquida no 3T2025: R$ 5,2 bilhões
- Margem EBITDA negativa: -3,8%
Segundo o balanço da empresa, a receita líquida de R$ 5,2 bilhões no período representou crescimento em relação ao ano anterior, mas os custos operacionais superaram a receita, resultando no prejuízo recorde.
Repercussões e bastidores
A divulgação do balanço gerou uma série de reações no mercado:
Às 15h00 de 13 de novembro, a Casas Bahia divulgou o balanço financeiro do terceiro trimestre de 2025. Minutos depois, analistas financeiros iniciaram reavaliação do papel da empresa no mercado de capitais.
Às 16h00, investidores questionaram a estratégia de expansão da Casas Bahia em teleconferência com a diretoria. A discussão focou nos riscos da expansão acelerada e na capacidade da empresa de manter a rentabilidade no longo prazo.
"O resultado do trimestre reflete os investimentos estratégicos que estamos fazendo para crescer no longo prazo. Acreditamos que a rentabilidade voltará a crescer em 2026."
Kazuko Nakamura, CEO da Casas Bahia, citado pelo Valor Econômico
Próximos passos
A redução da atratividade do papel da Casas Bahia no mercado de capitais pode impactar a capacidade da empresa de captar recursos para novas expansões. Além disso, a pressão sobre o orçamento de investimentos da empresa para os próximos trimestres pode levar a uma revisão da estratégia.
Analistas como Fernando Rezende, da XP Investimentos, alertam sobre os riscos da expansão acelerada: "A Casas Bahia precisa demonstrar maior eficiência operacional para justificar a expansão. O prejuízo atual é um alerta para os investidores."
Para os próximos meses, a empresa deve focar em demonstrar como pretende equilibrar a expansão com a rentabilidade, além de apresentar um plano claro para reduzir os custos operacionais.
Executivos e investidores devem monitorar de perto a capacidade da Casas Bahia de implementar medidas de controle de custos e otimizar a eficiência operacional. A empresa que consegue equilibrar crescimento com rentabilidade será melhor posicionada para aproveitar as oportunidades do mercado varejista no longo prazo.
Fontes consultadas
- Valor Econômico - Mídia especializada em economia e negócios com larga credibilidade no mercado.
- XP Investimentos - Banco de investimentos com reconhecimento no mercado brasileiro.
- Banco Central do Brasil - Órgão regulador financeiro com dados e análises oficiais sobre a economia brasileira.