Atualizado às 13 de novembro de 2025 06:30
Brasil com segundo maior juro real do mundo em 2025
A Selic em 15% mantém o Brasil com o segundo maior juro real do mundo, impactando investimentos e crédito.
A Selic brasileira permanece em 15% ao ano em 13 de novembro de 2025, tornando o Brasil o segundo país com a maior taxa de juros reais globalmente. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) reflete a preocupação contínua com a inflação.
Os dados-chave revelam: a taxa Selic fixa em 15%, o juro real estimado em 4.8% e a inflação acumulada em 12 meses de 5.2%.
A manutenção ocorreu após análise de indicadores econômicos e projeções de mercado.
Contexto ampliado
Para empresas, o custo elevado de captação de capital impacta investimentos e lucratividade. Investidores buscam proteção contra a inflação, mas o custo de oportunidade de outros ativos internacionais é menor.
A Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis alerta sobre o impacto negativo no investimento e na geração de empregos. O ambiente de juros elevados desestimula a expansão econômica.
"A manutenção da Selic é necessária para ancorar as expectativas de inflação no médio prazo."
Números e indicadores
- Taxa Selic fixa em 15%, segundo o Banco Central.
- Juro real estimado em 4.8%, conforme o Fundo Monetário Internacional.
- Inflação acumulada em 12 meses de 5.2%, divulgada pelo IBGE.
Esses números posicionam o Brasil como o segundo maior juro real do mundo, impactando a competitividade econômica. O economista da Valor Econômica, Márcio Gomes, destaca: "O Brasil segue com um dos juros reais mais altos, impactando a competitividade econômica."
Repercussões e bastidores
O aumento nos custos de financiamento para empresas e governo é uma das consequências diretas. A redução da capacidade de consumo das famílias e a desaceleração do crédito completam o cenário.
Para o Banco Itaú, instituição financeira de referência, a estratégia de portfólio está sendo ajustada para refletir o ambiente de juros elevados. A cautela prevalece entre os investidores.
Paulo Guedes, Ministro da Economia, afirma: "O objetivo é trazer a inflação para a meta, mesmo que isso signifique sacrificar parte do crescimento no curto prazo."
Próximos passos
A trajetória da Selic nos próximos meses dependerá da evolução da inflação e da atividade econômica. O Copom continua atento aos sinais de desinflação, mas mantém a postura hawkish por ora.
Empresas e investidores precisam se adaptar ao cenário atual, buscando alternativas que equilibrem risco e retorno em um ambiente de juros elevados.
Para executivos e investidores, a manutenção da Selic em 15% reforça a importância de estratégias de hedge cambial e de portfólio diversificado. É crucial monitorar os indicadores econômicos e estar preparado para ajustes futuros na política monetária.
Fontes consultadas
- Banco Central do Brasil - Órgão regulador responsável pela política monetária.
- IBGE - Órgão oficial de estatísticas oficiais do Brasil.
- FMI - Órgão internacional que monitora indicadores econômicos globais.