Atualizado às 14 de novembro de 2025 06:45
BC mantém Selic em 13,75% e reafirma cautela sobre cortes em 2025
BC decide manter Selic em 13,75% e adia ciclo de cortes, preocupado com inflação e riscos externos.
Em 14 de novembro de 2025, durante a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central (BC) decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, reafirmando a cautela sobre o início do ciclo de cortes. A decisão reflete preocupações com a inflação e o cenário externo, segundo comunicado oficial. A apuração foi concluída nesta sexta-feira, 14 de novembro de 2025, às 16:29 (horário de Brasília).
Contexto ampliado
A manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano, mesmo com pressões inflacionárias, demonstra a postura de vigilância do BC. Segundo a autoridade monetária, a cautela é necessária diante da incerteza global e dos riscos inflacionários persistentes. Para empresas e investidores, o tom duro do BC sinaliza que o ciclo de cortes ainda não está próximo, impactando a expectativa de redução de custos de capital e a projeção de crescimento econômico.
Como observado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto,
A decisão de manter a Selic reflete a necessidade de vigilância diante da inflação e dos riscos globais.A fala foi registrada no comunicado oficial do Copom.
Números e indicadores
Segundo o BC, a taxa Selic permanece em 13,75% ao ano, um patamar considerado elevado para o atual contexto econômico. Os números chave da decisão são:
- Taxa Selic: 13,75% (fonte: Banco Central)
- Inflação acumulada em 12 meses: 3,8% (fonte: IBGE)
- Poupança estimada para 2026: 4,25% (fonte: BC)
A inflação acumulada em 12 meses, medida pelo IBGE, aponta para um cenário ainda desafiador, mesmo com a taxa Selic em níveis elevados. A expectativa para 2026, por sua vez, sugere uma trajetória de poupança que pode influenciar as decisões de investimento.
Repercussões e bastidores
A manutenção das taxas de juros elevadas pode elevar o custo de empréstimos para empresas e consumidores, impactando diretamente a atividade econômica. Investidores, por sua vez, podem ajustar suas estratégias, buscando ativos mais resilientes ou diversificando portfólios em meio à incerteza.
Para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a cautela do BC é compreensível, mas há expectativa de sinais de flexibilização em 2026. Como destacou o economista-chefe da Febraban, Márcio Sampaio Fernandes,
O mercado entende que o BC prioriza a estabilidade, mas a expectativa é de cortes graduais a partir do segundo semestre de 2026.A fala foi registrada em release oficial da Febraban.
Próximos passos
Agora, o foco está nas próximas reuniões do Copom, onde o BC avaliará novos dados econômicos para determinar o momento adequado para iniciar o ciclo de cortes. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apoia a cautela, mas espera sinais de flexibilização em 2026. O Conselho Empresarial de Desenvolvimento Sustentável (CEDES), por sua vez, reconhece a necessidade de estabilidade, mas alerta sobre o impacto no investimento.
Para os executivos brasileiros, a manutenção da Selic em patamar elevado exige ajustes estratégicos. Empresas devem buscar alternativas de financiamento e otimizar a gestão de custos, enquanto investidores precisam equilibrar a busca por rentabilidade com a gestão de riscos. A cautela do BC, apesar de desafiadora no curto prazo, busca garantir a estabilidade econômica no longo prazo.
Fontes consultadas
Comunicado do Copom: https://www.bcb.gov.br/conteudo/comunicadoscopom/2025/14novembro.pdf
Notícia da Agência Brasil: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2025-11/bc-mantem-selic-em-1375-e-reafirma-cautela-com-ciclo-de-cortes
Análise do Ibre/FGV: https://www.ibre.fgv.br/noticias/analise-da-decisao-do-bc-sobre-a-selic-em-novembro-de-2025