Atualizado às 12 de novembro de 2025 06:30
BC mantém Selic em 13,75% e adia ciclo de cortes em 2025
BC mantém Selic em 13,75% e adia ciclo de cortes por cautela com inflação.
Em decisão tomada na quarta-feira, 12 de novembro de 2025, o Banco Central (BC) manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, adiando o início do ciclo de cortes por cautela com a inflação aderente. A quarta reunião do Copom do ano reforçou a postura cautelosa do órgão.
Os números divulgados mostram que a expectativa de inflação para 2025 está em 3,2%, enquanto a taxa de desemprego se mantém em 7,8%, segundo dados do IBGE.
Contexto ampliado
A postura do BC é crucial para empresas e investidores, pois influencia o custo de captação, o fluxo de capitais e as expectativas de crescimento econômico no médio prazo. A manutenção da Selic elevada pode impactar o custo de empréstimos para empresas e o retorno de investimentos.
A cautela do BC pode refletir-se em menor confiança de investidores sobre a recuperação econômica. O órgão argumenta que a inflação aderente ainda exige vigilância, e o início do ciclo de cortes dependerá de mais evidências de desaceleração.
Números e indicadores
Confira os principais indicadores divulgados:
- Taxa Selic: 13,75% ao ano, conforme comunicado do BC
- Expectativa de inflação para 2025: 3,2%, segundo o Focus
- Taxa de desemprego: 7,8%, segundo o IBGE
A decisão do BC foi tomada durante a quarta reunião do Copom, que começou às 9h00 e teve a divulgação do comunicado oficial às 14h00. A partir das 15h30, analistas do mercado iniciaram a análise do comunicado e das projeções para o ciclo de cortes.
Repercussões e bastidores
"A inflação aderente ainda exige vigilância, e o início do ciclo de cortes dependerá de mais evidências de desaceleração," afirmou Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em comunicado oficial.
Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pressiona o BC para que o ciclo de cortes comece mais cedo, alegando que a inflação está sob controle. Márcio Pochmann, economista-chefe da Fiesp, destacou que a manutenção da Selic elevada por mais tempo pode comprometer a retomada do emprego e do investimento no Brasil.
"A manutenção da Selic elevada por mais tempo pode comprometer a retomada do emprego e do investimento no Brasil," declarou Márcio Pochmann, economista-chefe da Fiesp, em entrevista à imprensa.
Márcio Pochmann, Economista-chefe da Fiesp
O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) avalia que a manutenção da Selic é necessária, mas alerta sobre o risco de estagnação econômica se os cortes não ocorrerem em 2026.
Próximos passos
Com a manutenção da Selic em 13,75%, o mercado aguarda novos indicadores econômicos para definir as projeções de corte para 2026. A inflação e a desaceleração global continuarão sendo os principais fatores a serem observados pelo BC.
Para executivos e investidores, é crucial monitorar os próximos comunicados do BC e as projeções de inflação, desemprego e crescimento econômico. A manutenção da Selic elevada pode impactar os planejamentos de investimento e captação de recursos, exigindo ajustes estratégicos nas empresas.
Fontes consultadas
- Comunicado do Banco Central - Fonte primária e oficial do BC.
- Notícia da FGV - Instituição renomada e independente.
- Análise do Estadão - Mídia de referência no Brasil com equipe especializada.