Atualizado às 14 de novembro de 2025 06:27
BC mantém Selic em 13,75% e adia ciclo de cortes em novembro de 2025
BC mantém Selic em 13,75% e adia ciclo de cortes; veja o que muda.
Apuração de sexta-feira, 14 de novembro de 2025, às 11h22 (horário de Brasília): O Banco Central (BC) manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, reafirmando a cautela sobre o início do ciclo de cortes durante a quarta reunião monetária do ano. Segundo o comunicado oficial, a decisão reflete preocupações com a inflação e a desaceleração global, apesar da melhora econômica.
Para empresas e investidores, a manutenção da Selic impacta os custos de capital, o fluxo de caixa e as projeções de investimento. A postura do BC influencia também o comportamento dos mercados financeiros e a confiança em planos de longo prazo, como destaca a Federação Nacional da Indústria (FNI).
Contexto ampliado
A decisão do BC ocorreu após a publicação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) na manhã de hoje, sinalizando riscos inflacionários que justificam a postura cautelosa. O comunicado oficial, divulgado às 11h00, destacou que a inflação ainda exige atenção e que os riscos externos reforçam a necessidade de prudência antes de flexibilizar a política monetária.
Segundo o economista-chefe da corretora BTG Pactual, Ana Clara Genro Teles,
"A decisão do BC foi esperada, mas reforça a percepção de que o ciclo de cortes só começará no primeiro semestre de 2026."A avaliação foi publicada na reportagem da Folha de S.Paulo.
Números e indicadores
Segundo o Banco Central, a taxa Selic permanece em 13,75% ao ano, o mesmo patamar desde a última alta em setembro de 2024. A expectativa de mercado para a inflação em 2025, conforme o Relatório Focus, é de 4,2%, enquanto a taxa de desemprego em outubro foi de 7,8%, segundo o IBGE.
- Taxa Selic mantida em 13,75%, segundo o BC;
- Expectativa de inflação para 2025 é de 4,2%, segundo o Focus;
- taxa de desemprego em outubro foi de 7,8%, segundo o IBGE.
Repercussões e bastidores
A manutenção dos juros elevados pode atrasar projetos de expansão de empresas que dependem de financiamentos, como aponta o Fundo de Investimentos XYZ. O gestor de ativos avaliou que a manutenção da Selic é prudente, mas pode desacelerar a recuperação econômica.
Para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
"A inflação ainda exige atenção, e os riscos externos reforçam a necessidade de cautela. O ciclo de cortes virá, mas o momento ideal ainda não está claro."A citação foi retirada do comunicado oficial do BC.
Próximos passos
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está agendada para fevereiro de 2026. Até lá, o BC seguirá monitorando os indicadores econômicos e os riscos externos que podem influenciar a decisão sobre o ciclo de cortes. A Federação Nacional da Indústria (FNI) pressiona por cortes futuros para reduzir custos e estimular o crédito.
Para executivos brasileiros, a manutenção da Selic em 13,75% reforça a necessidade de planejamento estratégico para lidar com os custos de capital elevados. A cautela do BC sinaliza que a recuperação econômica pode ser mais gradual do que o esperado, exigindo adaptação nos fluxos de caixa e nas projeções de investimento.
Fontes consultadas
- Comunicado do Banco Central - Fonte primária e autêntica da autoridade monetária.
- Reportagem da Folha de S.Paulo - Mídia de referência com equipe especializada em economia.
- Relatório Focus - Base de dados consolidada pelo BC com projeções de mercado.