Atualizado às 12 de novembro de 2025 06:03
Amazônia lança plataforma econômica para conservação em 2025
Plataforma econômica da Amazônia busca equilibrar conservação e crescimento econômico com apoio de governos e empresas.
Em 12 de novembro de 2025, em Manaus, governadores da Amazônia Legal lançam plataforma econômica para integrar conservação ambiental com desenvolvimento regional, buscando atrair investimentos privados e governamentais. A apuração foi concluída nesta quarta-feira, 12 de novembro de 2025.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a iniciativa visa demonstrar que a preservação da floresta pode ser sinônimo de oportunidades econômicas, resolvendo o dilema entre desenvolvimento e sustentabilidade para empresas e investidores globais.
Contexto ampliado
A plataforma econômica, apresentada em evento na capital amazonense, consolida um esforço coordenado pelos nove Estados da Amazônia Legal para criar um mercado de carbono e mecanismos de financiamento que recompensem a conservação. Segundo o Plano de Ação da Amazônia, a meta é reduzir o desmatamento em 40% até 2030.
Como destacou Wilson Lima, governador do Amazonas, citado pelo G1, "Este mecanismo vai mostrar que a floresta viva é a maior economia do futuro." A iniciativa busca criar novos nichos de mercado para empresas de biotecnologia, ecoturismo e agricultura sustentável na região.
Números e indicadores
Segundo dados oficiais do Ministério do Meio Ambiente, o investimento inicial na plataforma será de R$ 500 milhões. A ferramenta pretende englobar os seguintes números-chave:
- Número de Estados participantes: 9
- Meta de redução de desmatamento: 40%
- Investimento inicial: R$ 500 milhões
Segundo a economista-chefe da MB Associados, citada pelo Valor Econômico, a iniciativa pode gerar R$ 1 trilhão em oportunidades até 2030.
Repercussões e bastidores
A iniciativa contou com o apoio do presidente da República na abertura do evento, que ocorreu às 09h00. Às 10h30, os governadores apresentaram detalhes da plataforma, e às 13h00, foi assinado um memorando de entendimento entre governos e empresas parceiras.
Ex-ministros do Meio Ambiente, como Ricardo Salles, criticaram a falta de detalhes sobre fiscalização, enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Leal, destacou a importância de leis que incentivem a iniciativa.
"É o primeiro passo sério para desvincular desenvolvimento da destruição," afirmou Carlos Nobre, cientista do clima, conforme reportagem da Agência Brasil.
Próximos passos
Após o lançamento, os governadores planejam criar uma secretaria específica para gerir a plataforma, com apoio técnico de instituições de pesquisa e entidades de classe. O ministro do Meio Ambiente, Fernando Haddad, apresentou a plataforma como "passo crucial para a economia verde", conforme comunicado oficial.
Para os executivos brasileiros, a plataforma representa uma oportunidade de diversificar portfólios e acessar novos mercados com foco em sustentabilidade, além de reduzir riscos associados à degradação ambiental na cadeia de suprimentos.
Fontes consultadas
Nota oficial do Ministério do Meio Ambiente: https://www.gov.br/meioambiente/pt-br/noticias
Artigo do Valor Econômico: https://valor.globo.com/empresas
Reportagem da Agência Brasil: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia