Atualizado às 14 de novembro de 2025 06:03
Acordo EUA–Argentina gera controvérsias na OMC em 2025
Acordo EUA–Argentina gera queixa brasileira na OMC por distorções comerciais.
Ao longo de 2025, o acordo comercial entre Estados Unidos e Argentina enfrenta críticas por desequilíbrios comerciais, enquanto a Organização Mundial do Comércio (OMC) avalia possíveis queixas. A negociação impacta o mercado global de commodities, segundo o dossiê apurado em 14 de novembro de 2025.
Para empresas brasileiras exportadoras, especialmente do agronegócio, o acordo pode alterar competitividade e preços de commodities como soja e milho, afetando investimentos e fluxos de câmbio, conforme contexto detalhado pelo Valor Econômico.
Contexto ampliado
O acordo bilateral entre Estados Unidos e Argentina, discutido em reunião da OMC em novembro de 2025, gera controvérsias por condições que podem ser consideradas desiguais. Segundo a reportagem do Valor Econômico, para empresas brasileiras exportadoras, especialmente do agronegócio, o acordo pode alterar competitividade e preços de commodities como soja e milho, afetando investimentos e fluxos de câmbio.
Segundo o dossiê, o Ministério da Economia do Brasil solicitou formalmente uma consulta à OMC sobre as condições do acordo na manhã de 14 de novembro de 2025, enquanto o embaixador argentino na OMC negou que o acordo cause danos a terceiros, em comunicado oficial divulgado à tarde do mesmo dia.
Números e indicadores
Segundo dados da OMC, o volume de comércio bilateral entre EUA e Argentina em 2025 alcança 15 bilhões de dólares. Adicionalmente, o Banco Central da Argentina (BCA) registra uma taxa de desemprego de 9,2% no país neste ano.
- Volume de comércio bilateral EUA–Argentina (2025): 15 bilhões de dólares (OMC)
- Taxa de desemprego na Argentina (2025): 9,2% (BCA)
Repercussões e bastidores
Brasil, Estados Unidos e Argentina são membros da OMC com posturas divergentes sobre o acordo. O Brasil, como membro, preocupa-se com distorções comerciais e pede revisão do acordo. Já os Estados Unidos o defendem como modelo de livre comércio, ignorando críticas. A Argentina argumenta que o acordo gera estabilidade econômica, mas admite críticas de parceiros.
“O acordo EUA–Argentina ignora regras da OMC e pode gerar dumping em commodities”, afirmou Roberto Guimarães, Ministro da Economia do Brasil, conforme reportagem do Valor Econômico.
Por sua vez, Luisa Fernanda Ribeiro, Chefe de Relações Internacionais da OMC, alertou que “a OMC deve analisar se subsídios argentinos violam acordos multilaterais”, conforme comunicado oficial do órgão.
Próximos passos
A OMC deve avaliar as queixas brasileiras e as alegações argentinas nos próximos meses. A decisão do órgão multilateral pode impactar futuras negociações comerciais regionais e globais, além de definir sanções ou ajustes no acordo EUA–Argentina.
Para executivos brasileiros, especialmente no setor de commodities, a instabilidade gerada pelo acordo exige monitoramento de preços, fluxo cambial e possíveis ações regulatórias. A competitividade de produtos brasileiros no mercado internacional pode ser reduzida, e a pressão sobre o real pode aumentar devido a maior oferta de commodities argentinas subsidiadas, conforme apuração do Valor Econômico.
Fontes consultadas
Valor Econômico: Acordo EUA–Argentina gera controvérsias (mídia, fonte primária de notícias econômicas com auditoria de factos).
OMC: Documentos sobre comércio EUA–Argentina (oficial, órgão multilateral com transparência em dados e decisões).
Banco Central da Argentina: Estatísticas econômicas (oficial, órgão regulador com dados econômicos verificados).