Capital de Giro 2025: Como Calcular e Melhorar Seu Fluxo de Caixa – Guia Definitivo para PMEs

Capital de Giro: O Guia Completo para Calcular e Otimizar seu Fluxo de Caixa em 2025

Para uma pequena ou média empresa, o capital de giro é a espinha dorsal que mantém as operações funcionando, desde o pagamento de fornecedores até a contratação de novos talentos. Muitas organizações erram ao não monitorar essa métrica, o que leva a atrasos, multas e até ao fechamento do negócio. Este guia vai além da simples fórmula; você vai aprender a identificar, mensurar e aprimorar o capital de giro de forma prática e sustentável. Com exemplos reais, métricas acionáveis e um plano de ação claro, você terá as ferramentas necessárias para transformar o fluxo de caixa da sua PME e garantir a saúde financeira em 2025.

TL;DR

  • Defina claramente seus ciclos de recebíveis e pagamentos para identificar brechas de fluxo de caixa
  • Calcule o capital de giro usando a fórmula simples: Estoques + Créditos - Fornecedores
  • Estabeleça metas mensais de redução de dias de vendas e pagamentos
  • Implemente um plano de negociação com fornecedores para prazos mais flexíveis
  • Reavalie periodicamente o índice de cobertura de capital de giro para garantir a solidez financeira
  • Defina claramente seus ciclos de recebíveis e pagamentos para identificar brechas de fluxo de caixa.
  • Calcule o capital de giro usando a fórmula simples: Estoques + Créditos – Fornecedores.

Framework passo a passo

Passo 1: 1. Mapeie o Ciclo Financeiro

Identifique cada etapa do ciclo de produção, vendas e pagamento, desde a aquisição de matéria-prima até a cobrança dos clientes.

Exemplo prático: A empresa XYZ fabrica peças automotivas: compra material em 30 dias, vende em 60 dias, paga fornecedores em 90 dias.

Passo 2: 2. Calcule o Capital de Giro Requerido

Use a equação Estoques + Créditos - Fornecedores para obter o valor necessário para sustentar as operações sem recorrer a crédito externo.

Exemplo prático: Estoque: R$ 200.000 | Créditos: R$ 350.000 | Fornecedores: R$ 150.000 → CG: R$ 300.000.

Passo 3: 3. Avalie a Eficiência do Capital de Giro

Acompanhe métricas como Ciclo de Conversão de Caixa (CCC) e Índice de Cobertura de Capital de Giro (ICG).

Exemplo prático: CCC = 60 Días; ICG = 1,5 → Indica que a empresa tem 1,5 vezes o capital necessário para cobrir suas obrigações.

Passo 4: 4. Otimize o Ciclo de Recebíveis e Pagamentos

Negocie prazos mais favoráveis, implemente descontos por pagamento antecipado e use tecnologias de cobrança digital.

Exemplo prático: Oferecer 3% de desconto ao cliente que paga em 20 dias, reduzindo o CCC em 10 dias.

Passo 5: 5. Monitore e Reavalie Periodicamente

Estabeleça revisões mensais ou trimestrais para ajustar estratégias, reagir a mudanças de mercado e manter o capital de giro alinhado às metas.

Exemplo prático: Revisão trimestral mostra aumento de estoque de 15%; ajusta compra de materiais em 10%.

5. Caso de Estudo: A Transformação do Fluxo de Caixa da Empresa ‘Alfa’

A ‘Alfa’, uma PME de produção de componentes eletrônicos, enfrentava ciclos de pagamento de 90 dias e recebimentos de 60 dias, gerando um capital de giro de R$ 950.000, o que limitava investimentos em inovação.

Ao aplicar o método de cálculo e monitorar o CCC, identificou que 30% dos estoque estava obsoleto, gerando custos de armazenagem sem retorno.

Reestruturou o processo de compra, adotando just-in-time, renegociou prazos de fornecedores para 120 dias e ofereceu 3% de desconto para clientes que pagassem em 30 dias.

Resultado: Estoques reduziram em 25%, CCC caiu de 90 dias para 60 dias, e o capital de giro aumentou para R$ 1,3 milhão, permitindo investimento em automação de produção.

O aprendizado foi que a gestão proativa do capital de giro não apenas melhora a liquidez, mas também impulsiona o crescimento sustentável.

Identificando e Reduzindo o Ciclo de Conversão de Caixa

O Ciclo de Conversão de Caixa (CCC) representa o tempo que o dinheiro fica preso em ativos circulantes antes de ser recuperado. Para controle efetivo, inicie com a coleta de dados detalhados: registros de contas a receber, contas a pagar e estoque. Utilize planilhas de controle ou softwares ERP que permitam a visualização de cada etapa em tempo real.

Uma vez mapeado, analise os pontos de maior latência: talvez a maior parte do atraso venha das contas a receber. Se o DSO (Days Sales Outstanding) estiver acima de 60 dias, considere a implementação de políticas de crédito mais restritivas ou a adoção de cobrança digital automatizada.

Por outro lado, se o DPO (Days Payable Outstanding) for muito baixo, avalie a possibilidade de renegociar prazos com fornecedores. Aumentar o DPO de 15 para 30 dias pode liberar até 15 dias de capital de giro adicional, sem prejudicar a relação comercial.

Por fim, una essas análises em um relatório de performance mensal que avalie tanto o valor absoluto do CCC quanto a sua evolução percentual. Isso permitirá identificar tendências de melhoria ou deterioração antes que afetem o caixa.

Estratégias de Negociação com Fornecedores e Clientes

A negociação de condições de pagamento é um dos alicerces para otimizar o capital de giro. Para fornecedores, busque oferecer descontos por pagamento antecipado em troca de prazos mais longos. Por exemplo, um desconto de 2,5% em faturas pagas em 10 dias pode reduzir o DPO e melhorar a margem operacional.

Com clientes, introduza políticas de crédito que incluam limites de venda, prazos de pagamento claros e, quando possível, faturas eletrônicas com links de pagamento direto. A automação reduz a taxa de inadimplência e acelera o recebimento, diminuindo o DSO.

Outra tática avançada é a aplicação de “cash flow forecasting” com base em cenários. Se você antecipa um pico de vendas no próximo trimestre, pode solicitar ao fornecedor um crédito de estoque que será pago no final do período de alta. Isso evita a necessidade de empréstimos de curto prazo.

Não se esqueça da relação de confiança. Ao negociar, apresente dados históricos de pagamento e projete de fluxo de caixa. Demonstrar transparência aumenta a probabilidade de concessão de prazos mais favoráveis.

Implementação de Tecnologia para Monitoramento em Tempo Real

Hoje, a digitalização não é opcional; ela é indispensável para a administração eficaz do capital de giro. Sistemas ERP, CRM e dashboards de BI permitem consolidar informações de vendas, estoque e contas a pagar em um único painel.

Um recurso muito útil é o “cash dashboard” que exibe o saldo disponível, a projeção de recebimentos e pagamentos, além do valor de capital de giro em tempo real. Isso permite decisões rápidas, como a necessidade de obter crédito rotativo ou a oportunidade de investir em estoque de alta demanda.

Além disso, a automação de processos de faturamento e cobrança reduz o erro humano e acelera a conversão de vendas em caixa. Softwares de automação podem enviar lembretes de pagamento, registrar pagamentos automaticamente e gerar relatórios de inadimplência.

Para PME, é possível começar com soluções SaaS de baixo custo, integrando-as ao seu fluxo de trabalho atual. A implementação de API entre sistemas de vendas e financeiro garante que dados críticos sejam atualizados em segundos.

Planejamento de Fluxo de Caixa a Longo Prazo e Reserva de Contingência

Gerenciar o capital de giro de forma tática é apenas metade da batalha; a visão estratégica de longo prazo garante a sustentabilidade. Planeje projeções de fluxo de caixa anual, incorporando tendências sazonais, ciclos econômicos e planos de expansão.

Crie uma reserva de contingência equivalente a 10–12% do capital de giro exigido. Essa reserva serve para cobrir perdas inesperadas, como falhas de pagamento de clientes ou interrupções na cadeia de suprimentos, evitando a necessidade de empréstimos de alto custo.

Desenvolva cenários de risco (pessimista, realista, otimista). Para cada cenário, avalie o impacto no CCC e teste a resiliência da empresa. Isso ajuda a identificar pontos de vulnerabilidade antes que se tornem crises.

Finalmente, alinhe o planejamento financeiro com a estratégia de crescimento da empresa. Se houver planos de abertura de novas lojas ou lançamento de produtos, projete o impacto no estoque e nas contas a pagar. Esse alinhamento evita surpresas que poderiam comprometer o fluxo de caixa.

Estudo de Caso Ampliado: A Empresa ‘Beta’ – De 15% a 30% de Melhoria no CCC em 6 Meses

A Beta Distribuidora de Equipamentos Médicos, com faturamento anual de R$12 milhões, enfrentava um Ciclo de Conversão de Caixa (CCC) de 95 dias, gerando pressão sobre o caixa e frequentes atrasos a fornecedores. Ao aplicar o framework de otimização de capital de giro, a empresa reduziu o CCC para 65 dias em apenas seis meses, uma melhoria de 30%.

O primeiro passo foi mapear detalhadamente os ciclos de compras, produção, venda e recebimento. Identificou‑se que 70% das vendas eram a prazo e que os termos de pagamento aos fornecedores eram de 45 dias, mas que a maioria dos pagamentos não era aproveitada até 60 dias devido a processos internos de aprovação que atrasavam a liberação de caixa.

Para acelerar o recebimento, a Beta implementou faturas eletrônicas e incentivos de desconto por pagamento antecipado. Na prática, a empresa passou a descontar 2% nos pagamentos de clientes que quitassem em 10 dias, aumentando a taxa de recebimento em 12% e reduzindo a média de dias de vendas de 80 para 68 dias.

No lado do pagamento, negociou-se com os principais fornecedores um prazo de 60 para 75 dias, com cláusulas de reajuste baseadas no índice de inflação. A empresa também adotou um sistema de gestão de contas a pagar que prioriza as faturas à vencer, evitando multas por atraso e mantendo um fluxo de caixa contínuo.

O monitoramento em tempo real, via dashboard integrado ao ERP, permitiu aos gestores comparar diariamente o CCC real com a meta. Isso fez com que ajustes fossem feitos rapidamente, mantendo a melhoria sustentada e permitindo que a Beta reinvestisse parte da economia em expansão de mercado.

Além da melhoria numérica, o caso da Beta demonstra como a cultura de dados, a disposição para renegociar contratos e o investimento em tecnologia são pilares que transformam o capital de giro de um custo fixo em um ativo estratégico.

Ferramentas de Análise de Capital de Giro em 2025 – Da Planilha ao Dashboard em Tempo Real

Em 2025, as PMEs têm acesso a uma gama de ferramentas que evoluíram do simples Excel para soluções SaaS com inteligência artificial. A seguir, apresentamos um fluxo de adoção recomendável:

1️⃣ Planilha Base – Comece com um modelo de capital de giro que inclua Estoques, Créditos, e Fornecedores, além de indicadores de Ciclo de Conversão de Caixa (CCC) e Índice de Cobertura de Capital de Giro (ICG). Este modelo deve ser alimentado diariamente por integração com o ERP.

2️⃣ Integração de Dados – Use conectores API para puxar automaticamente dados de contas a pagar, a receber e estoque. Ferramentas como Power BI, Tableau ou Google Data Studio podem ser configuradas para atualizar em tempo real.

3️⃣ Dashboard de KPIs – Crie painéis que mostrem CCC, ICG, número de dias de estoque, taxa de desconto em pagamentos e projeções de fluxo de caixa. Configure alertas de threshold para que gestores sejam notificados quando o CCC ultrapassar 70 dias, por exemplo.

4️⃣ IA de Previsão – Algumas plataformas SaaS, como o QuickBooks Advantage ou o Sisense, incorporam modelos de machine learning que prevêem variações de recebíveis e gastos com base em tendências históricas e fatores externos (e.g., sazonalidade do comércio).

5️⃣ Automação de Processos – Use regras de automação para gerar lembretes de pagamento, enviar faturas eletrônicas e atualizar o status dos recebíveis. Isso reduz a necessidade de intervenção manual e diminui erros de prazo.

Ao combinar essas etapas, as PMEs podem evoluir de um controle manual de capital de giro para uma visão holística e pró‑ativa, permitindo decisões mais rápidas e baseadas em dados.

Como Integrar o Capital de Giro com Planejamento Estratégico – Visão de 3 a 5 Anos

O capital de giro não deve ser visto isoladamente; ele é a espinha dorsal que sustenta as metas de longo prazo. Para alinhá‑lo ao planejamento estratégico, siga estes passos:

1️⃣ Defina Metas Estratégicas – Estabeleça objetivos claros (ex.: expansão de 20% de mercado, lançamento de 3 novos produtos, redução de custos operacionais em 15%).

2️⃣ Projete Necessidades de Capital – Calcule o capital de giro necessário para sustentar cada meta. Por exemplo, se a expansão exige 50% de aumento de estoque, multiplique o valor médio de estoque atual para obter o novo requerimento.

3️⃣ Avalie Recursos Financeiros – Compare o capital de giro requerido com o disponível (fluxo de caixa projetado, linhas de crédito). Identifique lacunas e determine se a empresa precisará de financiamento externo ou de reestruturação interna.

4️⃣ Alinhe Políticas de Crédito – Ajuste as condições de pagamento a clientes e fornecedores de acordo com as projeções de fluxo. Se a expansão prevê aumento de vendas a prazo, negocie prazos maiores com clientes e reduza-os com fornecedores.

5️⃣ Monitoramento Contínuo – Inclua o CCC e o ICG em indicadores de desempenho (KPIs) do plano estratégico. Revisite esses indicadores em reuniões trimestrais para detectar desvios e planejar ações corretivas.

Essa integração garante que o capital de giro seja tratado como recurso estratégico, não apenas como restrição financeira, e que todas as iniciativas da empresa sejam sustentáveis no longo prazo.

Riscos e Como Mitigá-los – Falhas Comuns e Planos de Contingência

Embora otimizar o capital de giro traga benefícios claros, existem riscos que podem comprometer a saúde financeira se não forem gerenciados:

⚠️ Risco de Liquidez – Reduzir o CCC excessivamente pode levar a estoque obsoleto ou a clientes inadimplentes. Evite cortar o prazo de pagamento a fornecedores sem garantir capacidade de pagamento.

⚠️ Risco de Crédito – Oferecer prazos de pagamento mais longos pode aumentar a inadimplência. Realize análises de crédito regulares e mantenha um limite de crédito baseado na capacidade de pagamento dos clientes.

⚠️ Risco Operacional – Processos de aprovação lenta podem impedir a implementação de melhorias. Automatize fluxos de aprovação e crie regras de exceção para casos críticos.

⚠️ Risco de Mercado – Flutuações cambiais ou de preços podem alterar o custo de estoque. Use contratos de hedging ou diversificação de fornecedores para mitigar.

Planeje Contingências – Crie reservas de caixa equivalentes a 3 a 6 meses de gastos operacionais. Estabeleça linhas de crédito rotativo com prazos flexíveis para cobrir emergências.

Monitore Indicadores de Risco – Configure alertas para variações de inadimplência, variação de preços de matéria‑prima e mudanças no índice de inflação. Reaja rapidamente ajustando condições de crédito e renegociando contratos.

Checklist de Implementação Ágil – 10 Passos para Executar e Medir Resultados

A seguir, um checklist prático que facilita a execução do plano de otimização de capital de giro em ciclos curtos:

1️⃣ Definir Meta de CCC – Estabelecer um objetivo realista (ex.: reduzir de 90 para 70 dias).

2️⃣ Mapear Fluxo de Caixa – Identificar entradas e saídas em detalhes.

3️⃣ Priorizar Ações – Classificar iniciativas por impacto e esforço.

4️⃣ Alocar Responsáveis – Designar líderes de projeto para cada ação.

5️⃣ Configurar Ferramentas – Implementar dashboards e automação.

6️⃣ Treinar Equipe – Garantir que todos entendam o processo e a importância do CCC.

7️⃣ Executar em Sprint de 30 dias – Focar em um conjunto de ações por mês.

8️⃣ Medir Resultados – Avaliar CCC, ICG e custo de capital após cada sprint.

9️⃣ Ajustar Estratégia – Replanejar com base nos resultados obtidos.

🔟 Comunicar Resultados – Compartilhar ganhos com stakeholders e celebrar avanços.

Checklists acionáveis

Checklist de Melhoria do Capital de Giro

  • [ ] Mapeie o ciclo financeiro completo da sua empresa.
  • [ ] Calcule o capital de giro atual usando a fórmula estabelecida.
  • [ ] Analise o CCC e o ICG e identifique gaps.
  • [ ] Negocie prazos de pagamento com fornecedores e clientes.
  • [ ] Implemente políticas de estoque just-in-time.
  • [ ] Automatize processos de faturamento e cobrança.
  • [ ] Reavalie métricas mensalmente e ajuste estratégias.
  • [ ] Mapeie todos os ciclos de pagamento e recebimento.
  • [ ] Calcule o CCC atual e identifique as maiores brechas.
  • [ ] Negocie prazos de pagamento com fornecedores.
  • [ ] Implemente descontos por pagamento antecipado para clientes.
  • [ ] Automatize processos de aprovação de faturas.
  • [ ] Monitore o ICG em tempo real.
  • [ ] Reavalie o estoque para reduzir dias de estoque.
  • [ ] Integre dados ERP com dashboard de KPIs.

Checklist de Melhoria de Capital de Giro

  • [ ] Mapeie todos os ciclos financeiros (recebíveis, pagamentos, estoque).
  • [ ] Calcule o CCC e estabeleça metas de redução.
  • [ ] Negocie descontos e prazos com fornecedores.
  • [ ] Implemente política de crédito para clientes.
  • [ ] Automatize faturamento e cobrança.
  • [ ] Monitore ICG mensalmente e ajuste estratégias.
  • [ ] Crie reserva de contingência de 10–12% do capital de giro.

Checklist de Avaliação de Ciclo de Conversão

  • [ ] Verifique a precisão dos dados de TMR, TMP e TME.
  • [ ] Calcule DSO, DPO e CCC semanalmente.
  • [ ] Compare indicadores com benchmarks do setor.
  • [ ] Analise variações sazonais e ajuste projeções.
  • [ ] Documente causas de desvios e implemente ações corretivas.
  • [ ] Verifique a taxa de desconto em pagamentos antecipados.
  • [ ] Analise a taxa de inadimplência de clientes.
  • [ ] Avalie a eficiência do processo de compras.
  • [ ] Calcule o tempo médio de pagamento a fornecedores.
  • [ ] Compare CCC com benchmarks do setor.

Checklist de Implementação Ágil

  • [ ] Definir meta de CCC.
  • [ ] Mapear fluxo de caixa.
  • [ ] Priorizar ações.
  • [ ] Alocar responsáveis.
  • [ ] Configurar ferramentas.
  • [ ] Treinar equipe.
  • [ ] Executar sprint de 30 dias.
  • [ ] Medir resultados.
  • [ ] Ajustar estratégia.
  • [ ] Comunicar resultados.

Tabelas de referência

Comparativo de Práticas de Capital de Giro

Prática Impacto no CCC Impacto no ICG Exemplo Prático
Negociação de prazo de fornecedor +30 dias +0,2 Fornecedor X passa de 60 para 90 dias
Desconto por pagamento antecipado -15 dias +0,3 Cliente Y paga em 30 dias ao invés de 45
Estoque just-in-time -20 dias +0,1 Redução de 20% no estoque médio
Automação de cobrança -10 dias +0,2 Redução de inadimplência em 5%
Reavaliação mensal de métricas -5 dias +0,1 Ajuste de estratégias baseado em dados

Indicadores de Capital de Giro por Setor

Setor Capital de Giro Médio Índice de Cobertura (ICG) Dias de Vendas (DSO) Dias de Pagar (DPO)
Varejo R$ 300.000 1,5 30 15
Manufatura R$ 500.000 2,0 45 20
Serviços R$ 200.000 1,2 25 10

Comparativo de Práticas de Capital de Giro por Setor (2025)

Setor Ciclo de Conversão de Caixa Ideal (dias) Prática de Crédito a Fornecedores (dias) Prática de Crédito a Clientes (dias) Indicador de Cobertura (ICG)
Alimentos e Bebidas 60 45 30 4.0
Eletrodomésticos 75 60 45 3.5
Serviços de TI 45 30 15 5.0
Construção 90 75 60 2.8

Modelo de Plano de Negociação com Fornecedores

Passo Objetivo Estratégia Indicador de Medida
1 Estabelecer prazo flexível Analisar histórico de atrasos e propor prazo renovado Taxa de aceitação de novos termos
2 Negociar desconto por volume Apresentar projeção de compra em 12 meses Porcentagem de desconto obtido
3 Definir condições de pagamento Propor pagamento em 45 dias com 2% de desconto antecipado Número de dias de pagamento reduzido
4 Monitorar desempenho Revisar trimestralmente com relatórios de entrega e pagamento Índice de cumprimento de prazo

Perguntas frequentes

Qual a diferença entre capital de giro e fluxo de caixa?

Capital de giro é o montante necessário para manter as operações, enquanto fluxo de caixa é a entrada e saída de dinheiro ao longo do tempo. O capital de giro influencia diretamente o fluxo de caixa, mas não é o mesmo.

Como o capital de giro afeta a negociação com fornecedores?

Uma empresa com capital de giro saudável pode negociar prazos mais longos ou condições de pagamento mais favoráveis, pois demonstra capacidade de cumprir obrigações sem risco de inadimplência.

O que fazer quando o capital de giro fica abaixo do ideal?

Reavalie estoque, prazos de pagamento e recebimento, implemente descontos por pagamento antecipado, renegocie prazos de fornecedores, e, se necessário, busque linhas de crédito de curto prazo com juros competitivos.

É possível calcular capital de giro sem dados exatos de contas a pagar?

Sim, mas o cálculo pode ser menos preciso. Use estimativas médias de contas a pagar, mas recomendo obter dados reais para decisões estratégicas.

Quais ferramentas digitais ajudam na gestão do capital de giro?

Sistemas ERP com módulos de estoque e contas a pagar/receber, softwares de automação de faturamento, dashboards de métricas financeiras e plataformas de cobrança eletrônica.

Como definir metas realistas de redução de CCC?

Use benchmarks do setor e histórico da sua empresa. Uma meta inicial de 10% de redução em 6 meses é realista para a maioria das PME. Ajuste conforme a resposta das métricas e evite metas ambiciosas que possam comprometer a qualidade de serviço.

Como a alteração do prazo de pagamento a fornecedores afeta meu fluxo de caixa?

Aumentar o prazo de pagamento a fornecedores libera caixa imediato, reduzindo o CCC. No entanto, é fundamental garantir que a empresa mantenha um relacionamento sólido e evite conflitos que poderiam gerar multas ou suspensão de crédito.

Qual a relação entre capital de giro e risco de crédito para clientes?

Reduzir o prazo de recebimento aumenta o risco de inadimplência. É essencial balancear a política de crédito com a análise de risco de clientes, usando limites de crédito baseados no histórico de pagamento e no perfil financeiro.

Quando é recomendado usar linhas de crédito rotativo ao invés de capital próprio?

Use linhas de crédito rotativo quando o capital de giro necessário ultrapassar o caixa disponível, mas mantenha o custo de capital baixo. Avalie o custo de juros e o impacto no Índice de Cobertura de Capital de Giro antes de decidir.

Glossário essencial

  • Ciclo de Conversão de Caixa (CCC): Tempo que leva, em dias, desde o desembolso em compras até o recebimento em vendas.
  • Índice de Cobertura de Capital de Giro (ICG): Relação entre capital de giro disponível e obrigações de curto prazo. Valor >1,5 indica saúde financeira.
  • Just-In-Time (JIT): Sistema de gestão de estoque que busca reduzir o estoque ao mínimo necessário, entregando materiais no momento exato.
  • Desconto por Pagamento Antecipado: Redução percentual oferecida ao cliente para pagar antes do prazo acordado, incentivando fluxos de caixa mais rápidos.
  • Linhas de Crédito Rotativo: Disponibilização de crédito que pode ser usado e reembolsado repetidamente, usado para cobrir necessidades de caixa de curto prazo.
  • Debt to Equity Ratio: Indicador que compara a dívida total da empresa com seu patrimônio líquido, refletindo o grau de alavancagem financeira.
  • Working Capital Turnover: Métrica que avalia a eficiência na utilização do capital de giro, calculada como vendas líquidas divididas pelo capital de giro médio.

Conclusão e próximos passos

O capital de giro não é apenas uma métrica contábil; é o coração financeiro da sua PME. Ao aplicar os passos descritos, você transformará a saúde do seu fluxo de caixa e garantirá a capacidade de crescimento sustentável. Pronto para dar o próximo passo? Marque uma conversa com um especialista em finanças para analisar seu capital de giro e criar um plano de ação personalizado.

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